Texto: James Smith / Chico Mendonça.
Colaboradores: Marcio Uchôa, Isaias Ferreira e Luizinho Dornelles.
O vencedor do Grande Prêmio Bento Magalhães de 1978, Uníssono, nasceu no dia 08 de agosto de 1971. Ele era um filho de Pantheon e Uniata por Egeu e foi criado pela Agro Pastoril Tibagi Ltda. Antes de chegar no Hipódromo da Madalena, Uníssono cumpriu campanha nos hipódromos de Cidade Jardim, Gávea e Tarumã. Em Cidade Jardim, Unissono foi apresentado em dezenove oportunidades tendo obtido cinco vitórias (uma clássica) e catorze colocações (quatro clássicas). Sua vitória clássica no prado paulistano foi no GP General Couto de Magalhães, disputado no dia 30 de maio de 1976, na distância de 3.218 metros, quando, pilotado por J. Amestelly e treinado por F Sobreiro, venceu esta prova em tempo recorde (três minutos, vinte e nove segundos e sete décimos) se tornando o rei da raia paulista. Antes, Uníssono foi 3º colocado nessa mesma prova em 1975, e segundo colocado em 1977.
Uníssono também cumpriu campanha no Hipódromo da Gávea, onde foi apresentado em cinco oportunidades, tendo conquistado uma vitória (clássica) e quatro colocações (clássicas). Sua vitória clássica no prado carioca foi no GP Presidente Vargas, disputado em 21 de abril de 1977 na distância dos 2.400 metros na raia de grama, pilotado por J Amestelly e treinado por F. Sobreiro.
No Hipódromo do Tarumã, Uníssono foi apresentado em duas oportunidades, tendo chegado colocado em ambas, uma das quais no GP Paraná de 1976, quando chegou na quarta colocação. Uníssono foi adquirido em 1977 pelo Haras Mussurepe, cujo titular era o industrial e ex-presidente do Jockey Club de Pernambuco Raul Bandeira de Melo.
Uníssono foi o primeiro animal a ser embarcado para Recife de avião, com o objetivo de correr o Grande Prêmio Bento Magalhães daquele ano (1977) quando chegou descolocado. Uníssono só conseguiu conquistar essa consagradora vitória no ano seguinte, pilotado pelo jóquei José Ribamar da Silva, o “saudoso” Babá, e treinado por J G Sobral, derrotando os animais Handicap, Porto Rico, Faramon e Archimedes que chegaram a seguir. Segundo relatos do treinador Isaias Ferreira e do turfista Marcio Uchôa, após correr o Bento Magalhães de 1977, Uníssono chegou a correr na última turma. Em 1978, mais aclimatado no areão pernambucano, foi mostrando progressos e venceu com grande maestria o Bento de 1978. Após a vitória no Bentâo Magalhães de 1978, Uníssono foi levado para o Haras Serra Negra em Riacho das Almas-PE, produzindo os animais, Dunissono, masculino (Unissono e Teresiana), Cajuiba , uma femea tordilha (Unissono e Paleta), Corbes , uma femea castanha (Unissono e Forbes) , Cacoeira, femea alazã (Unissono e Setembrina), Bingo, masculino castanho (Unissono e Teresiana), Brina Lee (Unissono e Setembrina).
Obs: No Stud Book Brasileiro não consta registro de campanha dos filhos de Uníssono, e nem a pelagem dos animais Bingo e Brina Lee.
-Segundo informações apuradas, o potro Bingo chegou a correr na Madalena, mas não existe registro de vitória.
Na foto acima vemos a chegada do GP General Couto de Magalhães com Uníssono vencendo em tempo recorde para a época.

Vitória de Uníssono no Grande Prêmio General Couto de Magalhães – 1976. Cidade jardim – (Foto Internet)
* Interessados em divulgar memorias do turfe pernambucano é só entrar em contato com a Comunicação do JCPE. Serginho Santana, Carol Fonseca, James Smith e Chico Mendonça.